Ainda decorrente da suspeição que ronda a deputada Simone Morgado, de ter em seu gabinete uma funcionária fantasma, a advogada Ana Maíra Mendes Cavalcante, que mesmo recebendo salários de R$ 2.000,00 estava na Europa fazendo curso de pós-graduação em Portugal, a deputada vem alegando que a mesma não era lotada em seu gabinete e não teria qualquer envolvimento sobre a flagrante irregularidade. O promotor Nelson Medrado, que investiga irregularidades na ALEPA, já teria recebido resposta da deputada, inclusive Simone questionando assinaturas por chancelas (carimbos eletrônicos) suas, que não seriam de seu conhecimento, mas que confirmariam a presença de Maíra em seu gabinete, mesmo estando em Portugal.
O promotor colheu entretanto depoimento da ex-chefa de gabinete de Simone, na época, Dilma Oliveira, que diz ter trabalhado no gabinete da deputada por quatro anos. Dilma confirmando que Simone sabia da ausência de Maíra e tinha conhecimento, autorizando em sua ausência a utilização das chancelas que confirmavam a presença de Maira no expediente em seu gabinete. E recebendo os salários mesmo estando em Portugal. Isto é – Simone saberia da lotação de Maira em seu gabinete, negando que tivesse induzido a deputada a erro pelas assinaturas eletrônicas. Simone alegando ainda que permitia-as, em confiança, sem ter detalhes sobre atividades da advogada Maíra na ALEPA.
Dilma confirma, entre outras declarações, que nunca teve a denominação de chefe de gabinete, confirmando ordem direta da deputada para fazer pedido a Mesa Diretora de nomeação de Maira para seu gabinete, conforme acordo entre a deputada com Márcia Leite, mãe de Maira. Simone confirmou ao promotor que de fato subscreveu o pedido de nomeação de Maira, ao presidente da ALEPA, mas sem vinculação a seu gabinete. Novamente Dilma contesta esta afirmação de Simone, afirmando que Maira era lotada sim, no gabinete da deputada. Além da depoente mostrar ao promotor listagem dos servidores encaminhada ao departamento de pessoal, onde figura o nome de Maira como estando lotada no gabinete.
Em acesso as informações através da internet, é citado que Mayra, mesmo estando ausente, tinha sua presença falsamente certificada através de memorandos firmados pela deputada bragantina, feitos sob orientação ordenada pela deputada e com seu pleno conhecimento. E disse ainda Mayra em depoimento, que é comum a ausência de funcionários lotados em gabinetes de deputados, por isso não estranhou a ausência de Mayra, esta tinha até direito a tiquetes alimentação, que seriam recebidos por sua mamãe no gabinete de Simone.
Simone Morgado, continua a negar envolvimento com a presença ou ausência de Mayra, em seu gabinete e em Portugal, afirmando sempre ter pautados suas ações pela ética e transparência. Conforme explicações em matéria emitida de seu gabinete, inclusive da edição passada da Tribuna do Caeté,, página 02, ela aguarda resultado de apuração dos fatos através de sindicância, mandada instaurar pela ALEPA sobre os fatos aqui narrados.. Contudo, com o depoimento de sua ex-funcionária, Dilma, a denúncia ganha novos contornos. O promotor Nelson Medrado, que investiga o caso, que pode ser enquadrado, se a justiça (TJ, a deputada tem fórum superior), acolher as denúncias como verdadeiras, como improbidade administrativa, por desvios de dinheiro público ao saber, permitir e informar que funcionária que não atuava efetivamente durante esse tempo na ALEPA, recebesse seus salários regularmente, mesmo estando estudando em Portugal, a milhares de kms. de distância.
Já o promotor Nelson Medrado, segundo as provas em mãos, já teria subsídios para indiciar a advogada Mayra Leite, sua genitora, Márcia Leite e inclusive a deputada Simone Morgado sob acusação de improbidade administrativa.