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17 de novembro de 2011

INOVAÇÃO PAROQUIAL

Neste círio, além dos cerca de 50 mil romeiros, a maioria não vem louvar a Virgem, nem Deus, mas somente badalar Ajuruteua, curtir os show musicais, nas mais de 30 festas, proveito permitido (líderes) do divino com o profano, liberadas pela policia e que a zoadeira? sem freios, vararam as madrugadas, uma novidade chamou atenção pelo ineditismo. Muitos sacoleiros pedindo doações. Mais uma? Desta vez seria para climatização da catedral, casa de oração de rico, conforto, mordomias, etc. tanto aparato a ser bancado pela renda combalida da sociedade, sempre dócil quando apelada por missionários em nome de Deus, este apelo facilita tudo. Nem na Canção Nova, em cobertura gigantesca lotando mais de 100 mil pessoas tem ar condicionado. É templo de oração, sacrifícios, penitência, perdão, humildade, em nossa ótica, não aparatos, neste caso, supérfluo. É estranho, não é mesmo, sendo o colunista batizado católico, questionar publicamente essa idéia do Padre Gerenaldo Messias, ou ele pensa que a bolsa do povo está recheada? Por tanta influência, um jornalistazinho contestar sua idéia, quanta audácia? Têm a adesão inquestionável dos católicos, alguns murmuram contra nos bastidores, ora contrariar padres-divindades, em Bragança é sacrilégio, eles tudo podem. Ora, “daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Mas para construir luxo, com tanta miséria nas periferias? E a religião potencialmente rica? Tradicionalmente os lideres da igreja, que nunca foram contestados, tudo conseguem, do povo e dos governos, está aí um dos maiores patrimônios imobiliários, o centro de Bragança em sua área nobre é pertencente à Diocese, tudo ganho gratuitamente. E quando pregam o evangelho, “vende, doa, tudo que tens e segui-me, só se aplica aos outros, não as terras, fazenda de gado vista na BR-308? Porque o acúmulo material irmãos missionários, aparatoso, pontos de lojas, imóveis locados à prefeitura? E vosmeces sempre pedindo grana? Olhem queridos, sabemos, inclusive vós, missionários nãosão perfeitos, infalíveis, em nome de Deus tudo podem, pedir dinheiro então é costume em todos cultos, sempre as preces vem acompanhadas de pedido de grana. Tem jejum, para esse vício materialista, por acaso?
Apesar de como jornalista captar, prestar atenção, raciocinar, refletir, meditar, não sendo perfeito porém fiel de coração a Deus, não sou materialista, nem apegado, considero apego material uma ofensa a Deus, a usura é priorizar-se o material, ao próprio Deus. Mas quanta contradição é por isso que, como milhares de pessoas esclarecidas no mundo (Revista Isto É, etc.), estão abolindo as religiões, estas criadas e geridas por homens, não perfeitos, não meditativos. Nos casos, estas pessoas não aboliram Deus, afinal, para acessar ao nosso Criador, Redentor, não necessariamente, prioritariamente precisamos de intermediários, a não ser Jesus Cristo. Essa mudança de rumos espirituais é por tanta incoerência, contradição entre o que discursam, pregam, em relação às suas próprias ações.

Um dos obreiros cata doações no círio.
O Pároco Gerenaldo Messias, inovador de sugestão de doações no Círio, também...